
Por Andriolli Costa
Plantei Espadas de São Jorge
Só pra ter sua proteção,
Olho gordo, mau olhado…
Cada qual com seu dragão.
Veja a Estrela da Manhã,
Na noite que, enfim, madruga.
Mas vê com os olhos, não com o dedo
Que é pra não criar verruga.
Folclore, isso é folclore.
É folclore sim senhora.
É o sapo que a gente engole,
É o fumo pra caipora.
Bate forte na madeira,
Três vezes, por garantia.
Nem acredito em má sorte
Mas azar aqui não se cria.
Quem cochicha o rabo espicha,
Quem se importa, o rabo entorta
Eu só quero é ir embora,
Tem vassoura atrás da porta.
Folclore, isso é folclore.
É folclore sim senhor.
Não é a gente que escolhe,
Ele é quem nos adotou.
Procurei por todo canto,
O carinho do meu bem
Acendi vela ao Negrinho,
Para me iluminar do além.
Pedi também a Longuinho,
Mas logo me arrependi,
Tantos pulos devo ao santo,
Que quase virei saci.
Folclore, isso é folclore.
É folclore sim, meu povo.
Pedra dura em água mole,
Canto antigo sempre novo.