Nunca pensei em falar com crianças. Quando comecei meu trabalho com sacis, ele era puramente acadêmico. Minhas interlocuções se voltavam para professores e pesquisadores, gente com interesse intelectual sobre o assunto.
Esse ano, no entanto, resolvi socializar esse conhecimento. Com a Mostra Curta Saci, pude encontrar um público interessado não apenas em entender o saci como símbolo, mas como experiência de vida. Muitas crianças e jovens vieram conversar comigo sobre o assunto, e fiquei maravilhado em ver a força de nossas lendas em operação.
Então esses dias, um menino veio falar comigo pelo Facebook. Ele era bem novinho, disse que morava lá em Minas Gerais e tinha várias fotos com bonecos de saci em seu perfil, além de uma ou outra com carapuça e cachimbo. Nossa conversa foi mais ou menos assim, e me encheu de ânimo para levar saci para muito mais gente: