Por Andriolli Costa
Em sua coluna no jornal o Globo, Clarissa Stycer relata o novo projeto do diretor Luiz Antonio Pilar. Ele acaba, que acaba de filmar o longa Lima Barreto, ao terceiro dia“, já iniciou a captação de um filme inspirado no duende brasileiro. Meu amigo Saci se propõe a construiu um herói infantil negro para o cinema nacional.
A história, ainda em fase de produção de roteiro, nasce do encontro do Saci, um menino que foi escravizado, com uma criança dos dias de hoje, Edu. O personagem contará com a ajuda do garoto para salvar uma reserva quilombola, ameaçada de virar um resort. A produtora Lapilar começou a captar fundos para o projeto, que tem orçamento de R$ 6,5 milhões.
Lima Barreto ao Terceiro Dia
O filme é inspirado no livro homônimo de Luis Alberto de Abreu. Aos 41 anos de idade, nos três dias da sua última internação em um manicômio, o escritor Lima Barreto, que sofreu com depressão e alcoolismo, relembra sua vida como jovem autor enquanto escrevia “Triste Fim de Policarpo Quaresma” e fantasia sobre os personagens que criou.
Vale lembrar que Barreto, um escritor negro, ao se destacar na literatura brasileira sofreu um processo de branqueamento histórico. O filme resgata sua cor, sua origem e os temas sociais que tanto dialogam com nossa época. Uma discussão que parece transpassar também as preocupações do filme infantil sobre o saci.