Pautado pelo lançamento do livro Abecedário de personagens do Folclore Brasileiro, de Januária Cristina Alves, este episódio do Papo Lendário contou comigo, Lucas Ferraz e Leonardo Tremeschin discutindo, região por região, os mitos e lendas mais peculiares. Pudemos discutir não só com base em nossas leituras, mas também na entrevista com a autora e na resenha que fiz sobre o livro ainda no ano passado.
Mais do que um passeio pelo imaginário popular do país, no programa pude discutir vários temas que ainda não havia encontrado espaço para abordar. A começar: basta o registro para dizer que um mito faz parte do folclore? Oras, a dinâmica do folclore nos lembra que este é sempre presente, e nunca mera reminiscência. Se não existe mais crença, vivência, experiência, o que temos é a “história do folclore“, e não cultura viva.
Exploro também histórias curiosas sobre algumas criaturas. Falo dos sacrifícios de sangue ao Minhocão; da destruição da estátua do Ipupiara em São Vicente; dos primeiros relatos racistas da lenda do Negrinho do Pastoreio e até do Arranca Línguas – o mito de uma criatura simiesca que arrancava a língua dos rebanhos e que, graças à mídia dos anos 1940, ficou conhecido como o King Kong Brasileiro.
Ouça o Papo Lendário aqui.